|
FISPQS das Principais Pragas
Formiga 4
Himenopteros
ll - Formiga |
|
|
|
|
Introdução |
|
|
As
formigas, apesar de seu aspecto danoso às plantações e à agricultura em
geral, são de grande enteresse de estudo de sua estrutura social, das
mais perfeitas encontradas na natureza. Todos devem conhecer a fábula
de La Fontaine "A Cigarra e a Formiga" que exalta as qualidades
cooperativas de trabalho da formiga, sua previdência e organização.
No entanto suas atividades devem ser cessadas a partir do momento em que
seu comportamento entra em conflito com o homem, como é o caso na maior
parte das vezes. Uma vez dentro de casa as formigas se misturam aos mantimentos,
dentro de armátios, gavetas e todos os lugares possíveis. Algumas espécies
são vetores de doenças e provavelmente a espécie mais comum em domicílios,
especialmente cozinhas, é a conhecida como "formiga de açúcar".
Há cerca de 1.015 espécies de formigas brasileiras e faremos uma divisão
suscinta dos grupos principais em que elas se dividem:
l - Formigas cultivadoras e comedoras de fungos
A- Não cortadores de folhas
B- Cortadores de folhas
ll - Formigas não cultivadoras e não comedoras de fungos.
O primeiro grupo é o que mais interessa no
aspecto agricultura, principalmente as cortadeiras (saúvas e quenquen).
O segundo grupo é o que mais nos interessa no aspecto domiciliar, urbano.
Neste grupo incluem-se a formiga de açúcar (Monomorium pharaonis), a formiga
argentina (Iridomyrmex humilis), a Sará-sará de pernas ruivas (Camponotus
rufites), a Sará-sará (Camponotus cingulatus) e a formiga
cuiabana (Paratrechina fulva). Todas estas espécies invadem áreas internas
à procura de alimento, que poderá ser o açúcar, assim como uma infinidade
de outros materiais, tais como graxas, esponjas, insetos mortos, colas
e outros. Quando se juntam em grande número estes insetos podem emprestar
à comida por onde passam um certo sabor ácido. Podem ser uma séria praga
em hospitais, atacando doentes, ferimentos, etc. |
|
Aspectos
Biológicos : |
|
|
Como acontece com
a maioria das espécies, inicia-se uma nova colônia ou formigueiro quando
a rainha, após o vôo nupcial em que é fecundada, começa a escavar ou procurar
um local para fazer o seu ninho. A fêmea então fecha a entrada do ninho
e permanece como uma prisioneira voluntária por semanas e até meses, enquanto
os ovos crescem em seus ovários. A perda das asas causa um efeito peculiar
nos músculos suportadoras das asas que se dissolvem e transformam-se em
plasma. Esta substância é transportada pela circulação aos ovários e é
aí utilizada no crescimento dos ovos. Após a maturação, a rainha começa
a postura de ovos e as larvas que eclodirem são alimentadas com sua saliva
até transformarem-se em pupas. As formigas operárias que emergem das pupas
serão encarregadas da alimentação da rainha, das novas larvas, da expansão
do formigueiro. Quando a colônia já se estabeleceu, em uma determinada
época, geralmente em dias quentes, machos e fêmeas voam para fora do formigueiro,
e saem em busca de novos locais para a perpetuação da espécie. |
|
Anatomia |
|
|
Há diversos aspectos
de sua anatomia que vale a pena ressaltar, sem tornarmo-nos essencialmente
técnicos. As antenas das formigas são órgãos extremamente importantes.
Estas abrigam células sensoriais, especialmente do tato e olfato. A remoção
das antenas é comparável a perda para o homem da audição ou visão,
pois é principalmente através das antenas que as formigas descobrem seu
ambiente e se orientam.
Na cabeça localizam-se as mandíbulas, órgão de grande impôrtancia também.
A formiga usa as mandíbulas para quase tudo: morder, apanhar, cortar,
construir, escavar, mastigar, carregar, mas nunca comer. Possuem uma língua
que recolhe os alimentos amolecidos que são armazenados no "estômago".
Através da regurgitação ela alimenta as larvas e as outras operárias. |
|
Controle |
|
|
Voltando à divisão
anterior das formigas, há várias formas de eliminarmos os formigueiros.
Os processos devem ser baseados nos princípios de estabelicimento das
colônias. As formigas cultivadoras de fungos são eliminadas em campo aberto.
É necessário atingir suas "panelas" na totalidade, não deixando
possibilidade de reanimação do formigueiro. É um processo demorado e exige
técnica e paciência. Já as formigas não cultivadoras de fungos são controladas
de diversas formas. Podem ser usadas iscas à base de formicida ou aplicar
o produto diretamente nos ninhos. Em áreas de manipulação de alimentos,
o uso de inseticidas de efeito residual é importante; todo o material
estocado deve ser removido e o tratamento efetuado abundante e criteriosamente
nos focos, que se constituem em fendas, rachaduras em paredes e azuleijos,
rodapés, em molduras de portas e janelas.
Toda e qualquer medida de controle de formigas envolve o uso de pesticidas,
geralmente altamente tóxicos, como os clorados, por exemplo, Pode fazer
uso de gases tais como o brometo de metila, muito usados no combate da
formiga saúva. Faz-se portanto necessário a adoção de medidas de segurança
ao lidarmos com esses produtos. O uso de máscara é imprecindível, mesmo
a céu aberto. Luvas e roupas com mangas compridas deverão ser usados sempre
que houver risco de intoxicação dermal com esses produtos.Seguir sempre
os rótulos do fabricante que fornecem informações adicionais a respeito
dos produtos. Não esquecer que recorrer aos serviços de um bom profissional
pode evitar muitos problemas com o manuseio de produtos tóxicos e evitar
frustrações decorrentes de um tratamento mal planejado. |
12/6/2002
|
|
|
|
Al. Dom Pedro de Alcântara 618, São Bernardo do Campo - SP. CEP: 09771-281
NÃO TEMOS FILIAIS NEM REPRESENTANTES
|
|
|