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FISPQS das Principais Pragas
Cupim 3
O
Cupim, inimigo silencioso. E voraz |
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Introdução |
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A
história nos fala de relatos de antigos navegantes europeus que, ao
retornar das suas viagens às Américas, África e Ásia Tropical, falavam
ter encontrado grandes quantidades de pequenos insetos que eles chamavam
de formigas brancas. Essa denominação ainda é usada
nos países europeus para designar o cupim, inseto destruidor da madeira
e, em certas espécies, da lavoura e até de estruturas de alvenaria.
O cupim representa importante papel no equilibrio biológico, pois sua
ação se faz necessária para a manutenção do solo fértil nas grandes
florestas, na medida em que digere e transforma emmaterial fertilizante
os troncos envelhecidos, auxiliando na perpetuação e conservação dos
elementos da natureza. No entanto, quando ele se faz presente em áreas
utilizadas pelo homem, destruindo o seu patrimônio, faz-se necessário
adotar medidas de combate e prevenção, para evitar os prejuízos quase
sempre sérios causados por uma infestação de cupins. |
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Estrutura
social |
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Os cupins são insetos
sociais, Vivem em colônias chamadas cupinzeiros ou
termiteiros. As suas comunidades sociais se assemelham
às das formigas, abelhas e vespas. São insetos organizados e em cuja
estrutura social cada indivíduo tem uma parcela de responsabilidade,
sempre visando a perpetuação da espécie.
Eles se dividem emindivíduos alados e ápteros (sem asas). Os
alados, por sua vez, compreeendem o rei e a rainha e os outros indivíduos
alados sexuados. Os primeiros encarregam-se da alimentação das primeiras
ninfas que, mais tarde, como operárias, assumirão a obrigação de alimentar
o casal real e as novas ninfas. A partir daí, a única função do rei
e da rainha será a de cuidar da proliferação da colônia. Os segundos
são encarregados da propagação da espécie. No período de Setembro
a Dezembro saem em revoada
dos cupinzeiros onde nasceram, já sexualmente maduros, em busca de locais
para fundar novas colônias. Esta é a única fase em que os cupins são
vistos fora do cupinzeiro. |
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Alimentação |
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A sua alimentação
básica é a celulose encontrada nas plantas e de forma abundante na madeira,
papel, etc. Outros materiais também podem ser destruídos, tais como
plásticos, gesso, alvenaria, mas a destruição existe porque a colônia
sai à procura de celulose encontrada em fibras vegetais e por conseqüência
destrói tudo o que obstrui o seu caminho. Para o cupim digerir a celulose
é necessário existir um processo de simbiose entre o inseto e
microorganismos chamados protozoários, que vivem em seus intestinos.
Estes microorganismos transformam a celulose em elemento nutriente que
é então absorvido pela estrutura orgânica do cupim. Os indivíduos da
colônia que morrem são consumidos pelos remanescentes, redundando em
importante fonte de proteína necessária para o desenvolvimento dos cupins. |
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Danos |
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Os cupins nunca
abandonam o seu ninho, exceto em tempo de revoada (reprodução). Por
esta razão, os indícios de infestação são notados quando a colônia já
está em franca e progessiva atividade. O início da colônia é dado somente
por um casal que procura penetrar em pequenas cavidades ou rachaduras
na madeira. Imediatamente, a rainha começa a postura de ovos, que podem
chegar a alguns milhões durante toda a sua vida, que em algumas espécies
chega a ser de 15 anos. Os primeiros operários já iniciam o trabalho
de escavação construindo verdadeiras florestas de saliva e madeira decomposta,
conhecida técnicamente como floresta de fungos. Com
a existência dessas florestas, os cupins podem também controlar a umidade
e a temperatura do microclima da colônia. A medida que a colônia vai
se expandindo, os primeiros sinais vão aparecendo; um som oco ao bater-se
na madeira e pequenos furinhos de onde sai um pó granulado. As estatístivas
americanas revelam que os EEUU enfrentam um prejuízo anual de 250 milhões
de dólares com as várias espécies de cupins. |
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Medidas
de combate e prevenção |
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Vários são os sistemas
de combate ao cupim. No entanto, o mais importante a fazer é prevenir.
Examinar sempre as peças de madeiras, para que aos primeiros sinais
se possam tomar medidas de combate, costumeiramente efecientes, eliminando
o problema no início. Se, porém, a infestação já atingiu índices mais
sérios, o técnico deverá aconselhar um tratamento com produto cupinicida
e fungicida, que eliminará os elementos do colônias e a conseqüência
desta infestação, que é o apodrecimento da madeira provocado por fungos
que coabitam com os cupins nas suas comunidades. A aplicação do produto
é feita injetando-se nos furos feitos pelos cupins
até a completa saturação dos canais. Após, procede-se à selagem
da madeira, com a distruição uniforme do produto em toda a peça, com
o objetivo de evitar novas infestações. A imersão também
é um processo bastante usado para o tratamento de pallets, dobrando
sua vida útil, fator que influi bastante na redução de custos de uma
empresa.
Na impossibilidade de um tratamento com produtos líquidos, o problema
também pode ser resolvido utilizando-se a fumigação.
Isola-se o material a ser tratado com lonas especiais e aplica-se um
gás fumigante, que penetra em todas as cavidades, atingindo todos os
insetos.
Estamos começando no mês de setembro mais um período de reprodução,
em que todos devem observar com cuidado, portas, rodapés, janelas, assoalhos,
divisórias, fôrros e móveis em geral, pois, com certeza, se o
fenômeno da revoada ocorrer, todas estas peças estarão sujeitas `a infestação
de cupins.
Nosso Departamento de Controle às Pragas coloca
ao seu dispor um técnico que poderá esclarecer quaisquer dúvidas
a respeito do assunto.
Consulte-nos |
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12/6/2002
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Al. Dom Pedro de Alcântara 618, São Bernardo do Campo - SP. CEP: 09771-281
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