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FISPQS das Principais Pragas
Aranha A Aranha
Introdução A classe dos Arachnida compreende dez ordens, dentre as quais destacamos a Araneida, a qual pertencem as aranhas.Este grupo destaca-se pelo número muito elevado de espécimes, pelo seu grande poder de adaptação ao meio ambiente e suas variações e também por serem algumas espécies perigosas para os seres humanos em razão de seu veneno. A aranha tem cerca de quatrocentos milhões de anos de vida e calcula-se que haja atualmente 50.000 espécies distribuídas por quase 1.000 gêneros e 47 famílias. Certas espécies são extremamente férteis chegando a produzir de um a dois mil ovos por ano, cifra esta que atingiria limites intoleráveis para o homem se a natureza não fosse tão sábia e críasse certos fatores que limitam sua sobrevivência.
Reprodução / Alimentação
As aranhas são ovíporas, isto é, põem ovos reunidos em uma bolsa chamada de ooteca. A aranha possui sentimento maternais desenvolvidos, alimentando seus filhotes, que são numerosos, com alimento regurgitado, chegando até a exaustão. A média de vida vai de alguns meses em certas espécies até 20 anos, como a caranguejeira, em condições de laboratório. As aranhas são carnívoras e preferem caçar a sua presa viva, matá-la e comê-la em seguida. Comem em geral, insetos, mas conforme o seu tamanho, podem se alimentar de pequenos roedores e de passarinhos.
Hábitos Quanto ao habitat já identificamos aranhas "enterradas", arbóreas, cavernícolas, errantes, "domésticas", daptadas a vida sub-aquáticas ou vivendo às margens das águas e até marinhas. Algumas constroem teias regulares, mas outras são errantes ou fazem teias irregulares, que servem para aprisionar pequenos insetos, sua única dieta. As espécies que tecem fios são chamadas de aranhas tecelãs e cada espécie produz um tipo de teia diferente. A fábrica de fios está instalada dentro de seu abdomem, sob a forma de diversos pares de glândulas, sendo as principais as aciniformes, as piriformes, as ampladas, as tubuliformas, as agregadas. Todos estes conjuntos glandulares possuem seus próprios canalículos que se reúnem em um canal mais espesso que leva os produtos até o fim do seu corpo. Um fio visível a olho nu, com cerca de 0,01 cm de espessura consiste na realidade de centenas de fios. Para ser rompido é necessário 90 gramas de tração, sendo, portanto, 90 vezes mais resistente que um fio de aço da mesma espessura. A tela, além de ser uma armadilha é um elemento de comunicação com o mundo exterior.
Através dos fios são enviados sinais relativos ao tamanho e a localização da presa; o encontro amoroso e o acasalamento da espécie também depende desses fios para sua concretização. Fundamentalmente, a teia é um prolongamento do sentido do tato, vital portanto para a sobrevivência da espécie.
Classificação
As aranhas formam dois grandes grupos: as carangueiras e as chamadas "aranhas verdadeiras".
Caranguejeiras (Orthonata) - a mais perigosa é a Trechna Amazônica. O veneno da caranguejeira é em geral pouco ativo no homem, não sendo necessário o tratamento com soro, excetuando-se a Trechona. Como defesa contra seus inimigos, além dos ferrões inoculadores de veneno, ela despeja grande quantidade de pelos urticantes ao ser atacada ou irritada. As caranguejeiras são de certa forma seres úteis, pois elas se alimentam de outras espécies venenosas, perigosas para o homem, auxiliando na manutenção do equilíbrio biológico.
Aranhas Verdadeiras (Labodognatha) - Todas as aranhas brasileiras perigosas encaixam-se neste grupo e como informação descrevemos as principais para uma pré-identificação. Esta informação não descarta a necessidade de, em caso de uma infestação ou acidente procurar capturar a espécie e enviar ao Instituto Butantã, juntamente com o acidentado.
Phoneutria - São as conhecidas popularmente como armadeiras. As fêmeas medem cerca de 5 cm de corpo até 9 cm de comprimento total. Na espécie sulina (Nigriventer) o ventre da fêmea é negro e o macho alaranjado. Não constroem teias. Oito olhos, espinhos negros em base esbranquiçadas e o hábito invariável de levantar o corpo e armar um salto de até 30 cm são características que facilitam o seu reconhecimento. Durante o dia, escondem-se em lugares escuros e úmidos, freqüentemente em bananeiras, saindo ao entardecer para caçar. Penetram muitas vezes em residências, onde se escondem dentro de sapatos, atrás de cortinas. ocasionando grande número de acidentes.
Loxosceles - Popularmente conhecidas como "aranhas marrons". O corpo da fêmea alcança cerca de 1 cm, com poucos pêlos, cor uniforme, marrom esverdeado, e a pernas finas e longas. Possuem Hábitos noturnos, sendo encontradas em tijolos ou telhas empilhados, lugares escuros, fendas, etc. Não são agressivas. Só atacam quando não há possibilidade de fuga. Sua picada no entanto é muitas vezes mortal. Quando alguém é picado, só após as primeiras 24 horas é que se pode fazer previsões quanto à evolução do quadro de intoxicação. Deve-se recorrer imediatamente à soroterapia.
Lycosa - São chamadas de tarântulas ou aranhas de grama. A fêmea possui um desenho negro em forma de seta no dorso do abdomem; o macho possui duas faixas claras longitudinais. Vivem em pequenos buracos que revestem com seda. É a aranha mais freqüente em gramados, até mesmo em jardins bem cuidados.
Possui veneno, mas a sua ação é restrita, limitando-se a dores no local da picada. Há entretanto soro específico para estes acidentes.
Latrodectus - São chamadas "viúvas negras". São pequenas, as fêmeas tem 1 cm de corpo. São encontradas em regiões de praia e não são agressivas.
Acidentados devem ser também encaminhados ao Butantã para possível tratamento com o soro.
Combate Prevenção - Deve-se tomar uma série de medidas que evitem a aglomeração destes aracnídeos, matendo áreas livres bem limpas, isentas de acúmulos tais como madeiras, tijolos, telhas; a grama deve estar bem aparedas; os terrenos baldios devem estar bem limpos; as soleiras das portas devem ser vedadas para evitar a entrada das aranhas à noite.
Químico - A utilização de produtos químicos deve ser sempre orientada por pessoal especializado e seguir basicamente a seguinte seqüência: em infestações internas utilizar produtos com "fast Knock down"; em infestações externas, produtos com ação residual e repelente, com ação acaricida | 12/6/2002
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