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  Boletim Informativo No.: 2

Desratização: risco ou beneficio?

 



O estabelecimento de um programa de controle de roedores implica
necessariamente na utilização de raticidas, produtos químicos tóxicos e que certamente
criam uma condição de risco.



    No
primeiro número procuramos esclarecer quanto à necessidade de se manter um programa
constante de controle de roedores dentro de uma área industrial.



Concluímos portanto que os fatores biológicos, principalmente relacionados com os
níveis de reprodução, as migrações de roedores de áreas vizinhas, bem como o
comportamento da população, são altamente preponderantes no estabelecimento de
freqüência de aplicações. Temos consciência do benefício que um programa desta
natureza pode trazer para a nossa vida, em termos de preservação de nossa saúde e nossa
propriedade. No entanto, permanece sempre a preocupação. Afinal de contas, o
estabelecimento de um programa de controle de roedores implica necessariamente na
utilização de raticidas, produtos químicos tóxicos e que certamente criam uma
condição de risco.



Como enfrentarmos uma situação dessas é o tema da Segunda parte de nosso artigo:



 



Desratização: risco ou benefício?



    É grande a preocupação dos profissionais envolvidos
com eliminação de pragas quanto à segurança de seu pessoal. SERÁ REALMENTE
SEGURO UTILIZAR RATICIDAS? OS FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA SOB MINHA RESPONSABILIDADE CORREM
ALGUM RISCO SE RESOLVERMOS IMPLANTAR UM PROGRAMA DE CONTROLE DE ROEDORES? O QUE FAZER PARA
NÃO CORRER RISCOS? QUE PRODUTOS UTILIZAR?



Muitas vezes quando nos questionamos desta forma, procuramos o meio mais
fácil, ou seja, não fazer coisa alguma. Não permitir que nenhuma empresa especializada
faça este controle sob a alegação de que é muito perigoso é uma atitude pouco
coerente com a realidade. Acontece que os problemas gerados por roedores são problemas
reais que mais cedo ou mais tarde nós vamos Ter de enfrentar e a melhor maneira de
encararmos a necessidade de contratação de uma empresa de serviços é conhecer tanto
quanto possível sobre a atividade, os riscos, os produtos, os meios de segurança
disponíveis, ou seja, ir a fundo na questão e superar nossos medos e ao mesmo tempo
trazer soluções para os problemas gerados por roedores dentro de nossa empresa. O
primeiro passo a se tomar será conhecer os produtos que poderão ser utilizados para a
eliminação dos roedores.



 



Dos raticidas



    Os egípcios foram os primeiros a conhecer o raticida.
Eles o extraiam de uma planta, ou melhor de uma cebola, a cila vermelha. Este veneno foi
usado em tempos modernos durante muito tempo. Na realidade o conceito de eliminar ratos
vem mudando a cada ano.



    Logo após a Segunda guerra mundial surgiram uma série
de produtos raticidas, porém todos muito perigosos para o homem e animais domésticos. A
cila vermelha era um deles, além do Antu, o Fósforo, o Monofluoracetato de Sódio
(1080), o Fluoracetamida (1081), a Estricnina, o Sulfato de Tálio, o Fosfeto de Zinco.
Todos eles eficientes para os padrões da época mas nenhum poderia ser considerado o
raticida ideal. Alguns provocavam algum tipo de resistência (ANTU), alguns eram
seletivos, ou seja, só determinadas espécies de roedores os aceitavam (estricnina). A
maioria deles não tinha antídoto, destacando-se neste caso o Mono Fluoracetato de
Sódio, expondo pessoas e animais a um risco extremamente alto. Com o surgimento no
mercado do Warfarin após 1958 a situação mundial em termos de controle de roedores
modificou-se. O Warfarin é um produto anti-coagulante e surgiu como a grande solução
para os problemas relacionados com o aspecto Segurança. Os resultados práticos de sua
introdução foram tão satisfatórios que logo surgiram outras bases raticidas, que
provocavam o mesmo tipo de reação no Rato, ou seja, inibiam a coagulação no sangue e
possuiam um antídoto & border=0 hspace=6 vspace=6 >150; a Vitamina K1. Esssa euforia no entanto durou pouco tempo,
pois em alguns anos a comunidade científica testemunhou o surgimento de focos de
resistência de ratos a estas bases raticidas e a insegurança tomou conta novamente de
todos os envolvidos nesta luta. A opção foi retornar aos raticidas agudos e correr todos
os riscos decorrentes de sua utilização.



    Para todos os profissionais na época isto significava
encarar os velhos problemas tais como recusa das iscas (consequência da rapidez com que
agiam os raticidas agudos), necessidade de se fazer pré-iscagens, ou seja, oferecer um
determinado alimento por um certo período de tempo e só então incorporar a base
raticida. Todos estes obstáculos geravam altos riscos além de aumentar consideravelmente
os custos de aplicação, pois os anti coagulantes de primeira geração só são eficazes
após diversas ingestões do produto.



    O fator resistência estimulou as pesquisas na área,
ancoradas em tecnologias mais sofisticadas, dando surgimento aos raticidas de Segunda
Geração a partir de 1974. Não seria mais necessária a ingestão continuada de diversas
doses de produto para atingir a dose letal; bastava uma única dose e o efeito era
conseguido. Três bases raticidas foram descobertas na mesma época por pesquisadores
diferentes: o Difenacoun, o Bromadiolone e o Brodifacoum. A descoberta destes raticidas
foi fundamental para o desenvolvimento da indústria de prestação de serviços, pois
eles foram usados com êxito em áreas onde comprovadamente existiam ratos resistentes ao
Warfarin. Atualmente, no Brasil, o Brodifacoum e o Bromadiolone são comercializados em
forma peletizada e numa mistura de grãos, além de uma formulação parafinada
extremamente apropriada para áreas úmidas tais como galerias de águas e esgotos. A
parafina aumenta sobremaneira a durabilidade e consequente aceitação da isca.



 



Da segurança



    No entanto, apesar de estarmos falando de produtos
confiáveis, não podemos nos esquecer de que são produtos tóxicos, que se forem
ingeridos por um adulto ou por uma criança poderão ser fatais. Recentemente presenciamos
um caso de um funcionário de uma empreiteira, dentro de uma indústria em S. Paulo, que
ingeriu um bloco parafinado de 20 gramas para, provavelmente, comprovar a sua coragem.
Felizmente, o departamento médico estava devidamente informado quanto à formulação do
bloco raticida e pode prestar, com sucesso, a devida assistência em tempo hábil.
Certamente, com um raticida tudo isto não seria possível. São episódios como este que
devem nos alertar para a adoção de medidas de segurança para diminuir ao mínimo os
riscos de acidentes decorrentes da ingestão desses produtos. Acreditamos que o primeiro
passo seja a educação, leia-se orientação, das pessoas envolvidas nesse processo.
Todos precisam saber porque é importante o combate sistemático aos roedores, como estes
animais podem afetar a nossa vida, a nossa saúde e o que todos podem fazer para ajudar
nessa tarefa de melhoria da qualidade de vida e de trabalho. Esse desafio educativo deve
ser empreendido pela empresa disposta a resolver os seus problemas gerados por roedores em
conjunto com a empresa contratada para executar estes serviços.



    Campanhas educativas com palestras, cartazes, folhetos
e outros materiais de divulgação enfocando o tema são recursos viáveis e que, com toda
certeza, trarão os resultados almejados. O importante será engajar toda a comunidade
industrial ou residencial num esforço único, cujos bons resultados beneficiarão a
comunidade e todos os seus dependentes.



    Falando ainda sobre segurança, gostaríamos de
ressaltar uma prática observada com freqüência que é a distribuição de iscas em
sacos plásticos, liberados sem um critério específico, sem qualquer tipo de
sinalização ou aviso, de uma forma bastante ostensiva.



    A própria embalagem favorece um outro hábito que é a
retirada destas iscas por algumas pessoas interessadas em resolver problemas com roedores
em suas próprias casas. Existe nesta prática bastante comum um grande risco de
envenenamento de crianças e animais, porque normalmente, a pessoa que recolhe esta isca
não está informada quanto aos riscos que está correndo. Novamente a informação se faz
necessária para evitar episódios como esse. Uma prática altamente recomendável seria o
acondicionamento destas iscas em comedouros fechados, com duas aberturas laterais,
devidamente sinalizados com a inscrição CUIDADO VENENO.



    Em seu interior dois compartimentos abrigam a
quantidade necessária de iscas, podendo também ser lacrado e fixado no local. A
experiência demonstra que o Rato habitua-se rapidamente a este novo objeto passando a
visitá-lo com freqüência, sem desconfianças. Este acessório, conhecido técnicamente
como cocho-rato, aumenta também a durabilidade do material de isca pois este não fica
exposto à ação do tempo.



 



Lelislação



    A atividade de Controle de Pragas está submetida à
fiscalização da Secretaria da Saúde do Estado, através do Centro de Vigilância
Sanitária, que poderá prestar uma série de transformações quanto a produtos
liberados, empresas legalizadas e outras informações legal (tel. 257-7661) O decreto
12479 na Seção III dispõe sobre as condições exigidas para funcionamento das empresas
prestadoras de serviço, da exigência de um técnico responsável pelas aplicações que
deverá assinar um Certificado a ser entregue após o serviço onde constam as
substâncias químicas empregadas e seus antídotos, assim como outras medidas de
interesse.



    Este mesmo decreto prevê que a aplicação de
pesticidas somente poderá ser feito por pessoal devidamente credenciado na Secretaria de
Saúde, ou seja, por empresas que tenham sido classificadas como técnicamente aptas para
tal. Precisamos enfatizar este tema em razão dos inúmeros casos encontrados de empresas
que, em prol de uma suposta economia, aplicam, sem nenhum conhecimento ou técnica,
pesticidas cuja toxicidade ignoram, colocando em risco a vida daqueles que aplicam estes
produtos, bem como dos produtos fabricados e "higienizados" desta maneira. Um
alerta para os profissionais de segurança. As consequências de um acidente decorrente do
mau uso de um pesticida são seriamente agravadas se a pessoa responsável por tal
prática não estiver amparada por nenhum preceito legal, pondo em risco a sua carreira. A
título de colaboração, colocamos à disposição dos interessados cópias deste
Decreto, bastando solicitar via carta ou telefone



 



Faça o teste!

 



Você está precisando de uma desratização em sua empresa
ou residência?



 



    Se você responder afirmativamente a 80% das questões
abaixo, você está diante de um caso de infestação de roedores que exige atenção
IMEDIATA.



 



1.  Você observa uma grande
quantidade de fezes frescas, concentradas principalmente nas áreas onde há alimento?



(   )  Sim



(   )  Não



 



2.   Você
observa locais e mercadorias manchados com urina?



(   )  Sim



(   )  Não



 



3.   Na
área externa há trilhas lisas próximo a uma boa Quantidade de tocas?



(   )  Sim



(   )  Não





4
Há marcas de roeduras de ratos na soleira de portas e
destruição de alimentos, embalagens, papéis, etc?



(   )  Sim



(   )  Não



 



5
Os ratos são vistos ocasionalmente durante o dia?



(   )  Sim



(   )  Não



 



6
Os ratos são vistos sempre à noite?



(   )  Sim



(   )  Não



 



7
Percebe-se a presença dos roedores através do ruído
característico que eles fazem (guinchos)?



(   )  Sim



(   )  Não



 



8
Os animais domésticos (gatos e cachorros) tem andado
agitados com freqüência?



(   )  Sim



(   )  Não



 



Mais uma dica!



    Para cada rato visto de noite, calcule 10 ratos
escondidos. Conte cada toca visível, divida por 3 e multiplique por 8. Você obterá a
população média de roedores na área.



 



Leptospirose e as enchentes em São Paulo

 


    As águas de Março chegaram pra valer e trouxeram para
o nosso Estado o pesadelo da perda do pouco conseguido com muito sacrifício. Trouxeram
também uma Terrível doença, a Leptospirose, transmitida pelo Rato. As bactérias,
Leptospiras, vivem alojadas nos rins destes animais mas não lhes causam nenhum problema.
São eliminadas através da urina. Os ratos vivem em grande número em esgotos e na beira
de rios. Quando ocorrem as enchentes a água da chuva mistura-se à água dos esgotos
transbordantes e dos rios, levando as Leptospiras. Estas, penetram através da pele e
instalam-se no organismo humano. A partir daí, podem manifestar-se de diversas formas;
mais branda, assemelhando-se a uma gripe, ou mais forte, provocando lesões nos rins,
fígado e coração. Na sua forma mais grave, a mortandade é de 75%.



    Segundo o CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica)
só na cidade de S. Paulo há 418 casos relatados este ano, com 40 óbitos. Pelo que tudo
indica, este ano deverá marcar mais um recorde, pois enquanto ocorrerem enchentes, novos
casos surgirão.



    Atenção portanto para os seguintes sintomas:
calafrios, febre alta, dores musculares, dor de cabeça, conjuntivite, vômitos, anemia,
icterícia, pequenas hemorragias.



Você sabia que...?

 



A ratazana,
tratando-se de um animal extremamente agressivo é capaz de, quando acuado, atacar o seu
inimigo seja ele um animal ou até o próprio homem. Tamanho não é documento!!!



E por
falar em animal, é costume manter-se um gato por perto para espantar os ratos da casa. Na
realidade o máximo que um gato consegue encarar é um camundongo. Uma ratazana, nem
pensar!!!



Os
dentes incisivos dos ratos crescem continuamente, a razão de 0,3 a 0,4 mm por dia? Daí
sua constante necessidade de roer tudo o que encontra. E qualquer material está sujeito
aos seus ataques, pois este animal consegue exercer uma pressão de 500 kg/cm² ao morder.
Os dentes incisivos inferiores possuem uma dureza superior ao aço, ou seja 5.5 na escala
de Moh, enquanto que o aço está classificado em 4. Daí serem frequentemente
responsabilizados pelos danos na rede elétrica. Cabos de energia são um alvo delicioso
para estas estranhas criaturas.


 

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