Boletim Informativo No.: 17
Curiosidadess
Quem não se lembra desta musiquinha?
Quem quer casar com a senhora Baratinha que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha.
É carinhosa e quem com ela se casar terá doces todo dia, no almoço e no jantar!
Estes versos são cantados pelas crianças, sem que elas tenham a menor idéia do que seja uma barata. Na realidade, a personagem é uma coisa, e o inseto é outra.
Com certeza não há ninguém em sã consciência que queira casar com uma baratinha, mesmo no sentido figurado. Trata-se de um inseto eu adquiriu uma série de apelidos, tais como, baratinha, francesinha, alemãzinha, e este diminutivo não está de acordo com a tremenda importância deste inseto na vida urbana, e na sua intensa participação e culpa na transmissão de doenças e na contaminação de alimentos.
As origens desta praga
Esta baratinha de quem estamos falando é conhecida cientificamente como BLATTELLA GERMANICA, daí, creio eu, o apelido de alemãzinha. Na realidade, sua origem está no Continente Africano, mais precisamente no Nordeste da África, entre os grandes lagos Africanos, a Etiópia e o Sudão. Considera-se esta região como o berço da civilização da Blattella Germanica que, de lá espalhou-se pela Europa transportada nos navios Fenícios e Gregos. Selecionamos a Blattella Germanica para nosso estudo por se tratar de uma espécie encontrada em praticamente todos os lugares e de combate difícil.
Uma Baratinha incomoda muita gente; duas Baratinhas incomodam muito mais...!!!
Realmente estamos falando de uma das espécies mais prolíficas conhecidas. O ciclo biológico da alemãzinha começa com uma bolsa de ovos – A OOTECA, que é liberada pela fêmea pouco antes do nascimento dos filhotes. Esta espécie é do tipo mãezona. Carrega os filhotes o tempo todo até o amadurecimento.
Como consequência temos uma das espécies de maior taxa de sobrevivência. O fator temperatura é crucial no amadurecimento dos ovos. O período de incubação varia de 28 dias a 24 graus Centígrados até 16 dias a 31 graus. Cada bolsa de ovos produz cerca de 48 filhotes que vão passar por seis ou sete mudanças até chegarem a forma adulta. O período de desenvolvimento de recém-nascido até adulto também varia em função das condições ambientais, mas pode chegar a 74 dias a uma temperatura média de 29 graus centígrados. As fêmeas têm uma vida média de 200 dias.
Onde vive esta impertinente praga?
A Blattella Germanica, devido ao seu pequeno tamanho, vive em toda e qualquer cavidade ou fresta disponível. Pode ser encontrada em frestas atrás e debaixo de pias, em ralos, em falhas no rejunte dos azulejos, dentro de armários e gavetas, atrás de revestimentos de cozinha, dentro de fogões, dentro de aparelhos elétricos, em motores de geladeiras, na despensa sempre perto das latarias, em fornos e outros mil lugares, só para falar de áreas de alimentação.
Como viver sem elas?
Todas as armas devem ser usadas nesta guerra. Desde inseticidas até medidas de controle biológico e mecânico. No caso dos inseticidas, todo cuidado é pouco, portanto é de fundamental importância Ter à disposição muitos equipamentos diferentes, que vão distribuir no ambiente a quantidade necessária de inseticida e nem uma gota a mais. Este conceito, já praticado nos países avançados há décadas, está de acordo com o movimento internacional de defesa do meio ambiente, cujo tema será focalizado em futuras edições de nosso jornal.
Enfoque
O PAPEL DO EQUIPAMENTO NO CONTROLE DE
BARATAS
QUAL O PAPEL DO EQUIPAMENTO NO CONTROLE DE PRAGAS, EM
ESPECIAL, DE BARATAS?
OS EQUIPAMENTOS SÃO TODOS IGUAIS?
PODEMOS ELIMINAR BARATAS MEDIANTE A UTILIZAÇÃO DE UM
ÚNICO EQUIPAMENTO?
A resposta de todas estas perguntas se resume no
seguinte:
Todos os insetos possuem hábitos específicos que
devem ser cuidadosamente analisados antes de seu combate. Com relação às Baratas
podemos dizer que cada uma das espécies urbanas vai procurar um local diferente para se
estabelecer e procriar. Desta forma, é impossível resolver o problema de baratas
mediante a utilização de um único equipamento. Temos que considerar também que existem
diversas formulações de inseticidas e cada uma delas está adequada a um tipo de
equipamento.
A velha técnica do
"molha-rodapé"
A técnica do MOLHA-RODAPÉ infelizmente ainda é
praticada no Brasil e a desinformação leva os consumidores a aceitar este tipo de
serviço. A utilização de equipamentos de pressão manual, sejam eles brasileiros ou
importados, deve seguir algumas regras. Em primeiro lugar o RODAPÉ não é local indicado
para se aspergir inseticida, quando objetivamos o controle de baratas. Muito
provavelmente, este será o último local onde elas estarão instaladas, a não ser,
dentro de restaurantes e cozinhas industriais, onde costumamos observar focos atrás de
rodapés de borracha que costumam desgrudar da parede com o tempo. Neste caso, sim, este
é um foco que tem que ser considerado. Mas não é o único. As baratas estão em todos
os lugares, e quanto menor a espécie, mais difícil o combate, pois elas acabam se
escondendo em locais onde os pulverizadores comuns não tem acesso. E É AÍ QUE ENTRA O
PROFISSIONALISMO!!
O Controle de Baratas é uma tarefa que exige
dedicação e cuidado com os detalhes. Não é de hoje que escuto clientes reclamando de
serviços que foram executados num Sábado ou Domingo e na Segunda-feira já se observavam
baratinhas andando sobre as superfícies. É óbvio que um fato como este está ligado a
falta de equipamento aliado a uma formulação inadequada de inseticida.
E em situações especiais?
E numa rede de esgotos ou uma galeria de utilidades? O
que fazer? Será que o serviço de MOLHA-RODAPÉ vai resolver o meu problema? É claro que
não! A variedade de equipamentos ofertados por uma empresa de serviços demonstra o seu
alto investimento, assim como um conhecimento bem aprofundado a respeito do assunto.
Muitas vezes um orçamento no valor de "X" cruzeiros pode estar aparentemente
mais barato do que um de "Y" cruzeiros. É necessário analisar em profundidade
o equipamento a ser utilizado bem como as formulações oferecidas. Somente mediante uma
séria análise é possível garantirmos que estamos realmente recebendo um serviço de
alta qualidade, compatível com as nossas expectativas, dentro de um preço justo.
Informação
Novos caminhos para o futuro
O Controle Integrado de Pragas mostra caminhos novos
para o profissional. Caminhos em que se faz uso de técnicas alternativas, que podem
reduzir o uso de inseticidas e em certos casos, podem até substituir o seu uso, em áreas
extremamente críticas e de altos riscos para os produtos. Dependerá unicamente da
consciência de seu profissionalismo optar pelas técnicas adequadas a solução do
problema.
Estratégias
Quando consideramos a sério optar por um tratamento
sem a utilização de inseticidas podemos seguir algumas opções interessantes.
a) HIGIENIZAÇÃO
Um programa de Controle Integrado de Pragas depende, em
primeiro lugar, de um eficiente esquema de higienização de toda a área de produção,
estoque, recebimento e áreas externas. A constante remoção de restos de alimento
mediante o uso de diversas técnicas de limpeza é um fator sine Qua non para o sucesso
deste trabalho.
b) RECURSOS ANTI-PRAGAS
Este aspecto também é muito importante e muitas vezes
negligenciado, já que as pragas penetram nas áreas de estoque e manuseio de alimentos
através das falhas nas estruturas e na defesa. A colocação de dispositivos em portas e
janelas (armadilhas luminosas, telas, rodapés metálicos, cortinas plásticas, e outros
recursos) impede, em muito a entrada das diversas pragas e contribui para a redução de
pesticidas e a redução de riscos.
c) MONITORAMENTO BIOLÓGICO
Esta alternativa é definida como a utilização de
armadilhas, de todos os tipos, para o Controle de Pragas. Estas armadilhas podem ser
luminosas, adesivas, metálicas, com molas para captura de roedores, de diversas formas e
tamanhos. Para insetos alados, podem ser utilizadas as armadilhas luminosas ou colantes;
para insetos rasteiros, tais como a Barata, as armadilhas adesivas têm-se mostrado
altamente eficientes, em especial, aquelas que possuem um dispositivo de atração que
aumenta significativamente a sua eficiência.
Princípios de CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS
Princípios de CONTROLE INTEGRADO
DE PRAGAS em áreas de produção e manipulação de alimentos
É
notório que as pragas em geral procuram, em primeiro lugar, áreas onde haja alimento
disponível para sua sobrevivência. Só depois é que elas procuram um espaço junto ao
que consideram um bom lugar para viver e procriar. Por esta razão, em todas as áreas em
que se manipulam alimentos existem altos riscos de presença de pragas em geral, que por
sua vez, mediante a sua presença, vão contaminar alimentos, inutilizando-os para o
consumo.
Podemos citar como exemplos que se encaixam nesta
categoria as padarias (pequenas ou de grande porte), os processadores de grãos e cereais,
as indústrias de conservas, os frigoríficos, os laticínios, os fabricantes de
congelados, as indústrias de cerveja e refrigerantes, além do pequeno comércio em geral
onde se incluem restaurantes, lanchonetes, bares, discotecas, docerias, rotisseries e
outras. O universo de opções que as pragas possuem é imenso.
Um problema de difícil solução
Para o profissional que tem que lidar com ambientes
tão diversos, porém com problemas tão comuns, é um tremendo desafio.
À primeira vista, a utilização de inseticidas é a
primeira saída para o problema. Mas não é tão simples como parece. Utilizar produtos
químicos é tão ou mais perigoso do que deixar as pragas procriarem a vontade. Os riscos
de contaminação são altos. Os profissionais necessitam ter à mão uma grande
quantidade de equipamentos e formulações de forma a atender o cliente, sem que, com
isso, venham a contaminar a sua loja ou fábrica, ou pior ainda, o produto que está sendo
fabricado. O primeiro cuidado, portanto, ao se optar por um tratamento a base de produtos
químicos, unicamente, é atentar para estes detalhes, discutir em profundidade com o
fornecedor todas as alternativas possíveis para a eliminação do problema, com a menor
utilização de inseticidas no meio ambiente, e, é claro, fazendo uso de princípios
ativos de pouca persistência.
Utilidade Pública
Avaliação de 4 diferentes armadilhas
adesivas para baratas
A Título ilustrativo, apresentamos resumidamente os
resultados de uma pesquisa efetuada pela emprea GRANOVSKY ASSOCIATES Inc., da qual o
cientista Theodore A Granovsky é o presidente, avaliando a performance de 4 armadilhas
adesivas para baratas que estão disponíveis no mercado Americano. Uma destas armadilhas
é fabricada pela AGRISENSE que está sendo distribuída pela ECCO CONTTROL. Trata-se de
uma extensa pesquisa, em que diversos aspectos foram analisados, dos quais apresentaremos
somente uma parte. Maiores detalhes do trabalho poderão ser obtidos durante nossos
Cursos.
Espécies testadas
As espécies-alvo foram a PERIPLANETA AMERICANA e a
BLATTELLA GERMANICA. Desta última, foram utilizados cem espécimens, à saber: 20 machos
adultos, 20 fêmas adultas, 20 ninfas (4ª e 5ª fase), 20 ninfas (2ª e 3ª fase) e 20
pequenas ninfas (1ª fase). Estes animais foram dispostos em arenas com 1,50m de
diâmetro. Os animais tiveram cinco dias para adaptação ao novo ambiente, onde foram
colocados diversos materiais que serviram como abrigo. Aos animais foi também oferecida
ração canica e água. As baratas foram mantidas em ambiente escuro a uma temperatura que
flutuou entre 19 e 34 graus centígrados; a umidade relativa variou de 48 a 90% durante o
teste.
Resultados
Dentre todas as armadilhas testadas, a armadilha
AGRISENSE LO-LINE apresentou a melhor eficiência na captura de Blattella Germanica.
Observem os gráficos apresentados abaixo. Eles demonstram que a armadilha AGRISENSE
LO-LINE aumentava a sua capacidade de captura de baratas à medida que o teste avançava
no tempo. Os dados foram obtidos com 1, 3, 7, 10 e 14 dias de exposição.
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