DRAMA NO "C.P.D."
De repente tudo ficou às escuras no C.P.D., melhor
dizendo, o CÉREBRO DA EMPRESA, justo no dia de fechamento da folha de pagamento e, para
variar, estava tudo atrasado naquele dia. 0 Gerente, nervoso, acionou a Segurança e a
Manutenção. Queda de toda forma que eu e o meu colega da Manutenção resolvêssemos a
situação urgentemente. Segundo ele, os reparos teriam que ser efetuados logo senão ...
iria falar com o Chefe. 0 pessoal da Manutenção, sempre muito solícito, correu para
verificar o que estava acontecendo e logo veio o resultado: alguns cabos elétricos no
sub-solo estavam danificados e em curto. Via-se nitidamente que haviam sido roídos por
algum bicho. As fezes encontradas no local confirmaram as suspeitas os danos tinham sido
causados por RATOS. Mostrei, então ao nervoso Gerente uma requisição do Departamento de
Segurança, de seis meses atrás, em que pedíamos a aprovação para que fosse efetuada
uma Desratização na Fábrica e a sua resposta tinha sido um belo e sonoro NAO, pois não
havia verba para serviços sem importância. Sorte a minha de ter guardado o memorandum
com a sua resposta por escrito.
Moral da estória: Eu é que fui falar com o Chefe, mas
a Folha de Pagamento só ficou pronta 2 dias depois. No fim todos nós saímos
prejudicados.
Lucas de Paula Costa (Engenheiro de Segurança no Trabalho)
Princípios DE CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS nas Industriais Alimentícias e Farmacêuticas
O conceito
de CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS é uma novidade no mercado brasileiro e provoca um choque
entre a mentalidade modernista e a antiga mentalidade de que tudo no plano de Pragas tem
que ser necessariamente resolvido com o uso de praguicidas. O próprio termo, aliás, é
meio controvertido. Para o mesmo significado o vocabulário português usa os termos
praguicida , inseticida, veneno, remédio, pesticida, defensivo. Esta controvérsia está
sendo pouco a pouco derrubada pelas evidências.
As empresas que apostaram no Controle Integrado de
Pragas, que instauraram programas sérios estão colhendo os frutos deste trabalho.
O conceito de Controle Integrado de Pragas (CIP) ou
Integrated Pest Management (IPM), como o próprio nome já diz, é uma diretriz de manejo
e não de extermínio. As campanhas publicitárias das empresas fornecedoras de
inseticidas e raticidas sempre enfatizam a idéia de que o produto químico elimina
radicalmente as pragas.
Este conceito acabou enraizado na sociedade brasileira
e confundiu o consumidor. A idéia que se enraizou na Agricultura na década de 50, é
manejar as Pragas, utilizando-se para isso de técnicas, produtos químicos e produtos da
natureza. O princípio fundamental é a integração de todos os meios disponíveis dentro
de um balanceamento racional, que venha a causar o mínimo de transtornos para o homem,
seus produtos, seus alimentos.
Voltando aos idos da década de 60 quando as primeiras
desinsetizações foram feitas no Brasil, utilizavam-se muitos produtos pertencentes ao
grupo dos organoclorados. Produtos como DDT, por exemplo, foram largamente utilizados
pelas Desinsetizadoras da época, de forte odor e impregnação no ambiente. Em razão de
sua longa permanência no meio ambiente, eram fornecidas aos clientes garantias contra o
reaparecimento dos insetos de até 1 ano.
Os modernos piretróides vieram modificar este
panorama. Formulados a partir do Piretro, inseticida extraído do Crisantemo, estas novas
drogas vieram revolucionar o Controle de Pragas nas formulações profissionais e
domésticas. Sua persistência é infinitamente menor no meio ambiente e a tendência é
se produzirem formulações cada vez menos tóxicas e de menor tempo de vida.
Um novo problema surge. Como manter as antigas
garantias de até 1 ano para as Desinsetizações? Não há como. Há que se criar uma
nova mentalidade baseada em informações apuradas. O consumidor deve a todo custo, fugir
das ofertas milagrosas, que oferecem longos efeitos residuais , sob pena de correr sérios
riscos para a sua saúde.
O novo CIP prevê a utilização de substâncias menos
ativas e aumenta a quantidade de aplicações em áreas de risco, em áreas de remoção
constante de resíduos (com sabões, detergentes, Tc), em áreas onde existam altas
probabilidades de infestação de insetos com a presença dos principais fatores (ÁGUA,
CALOR, ALIMENTO, ABRIGO) e em áreas onde não haja um programa de GMP ou ainda, em
situações em que este programa esteja falho.
As indústrias alimentícias e farmacêuticas devem
estar ainda mais atentas. A má utilização de defensivos é tão ou pior do que a
convivência com as pragas e os conseqüentes riscos de contaminação.
Deve predominar o bom senso e o constante monitoramento
para que se possa avaliar os resultados obtidos nos programas implantados.
Não se deve portanto, dispensar a ajuda de uma boa
acessoria no Controle de Pragas. Temos ouvido comentários do tipo: "Evitamos a
contratação de terceiros para não corrermos riscos de contaminação". Acreditamos
que é muito mais interessante para uma empresa contratar voas empresas que dêem
acessoria e segurança, do que correr riscos de não obter os resultados desejados num
programa de Controle de Pragas. O importante é que o técnico fiscalizador, em geral o do
Controle de Qualidade, possa estar munidos de informações suficientes para distinguir os
bons profissionais da área e fiscalizar eficientemente os serviços, ao invés de se
incumbir de mais uma tarefa. Desta forma, tanto técnicos de Controle de Qualidade, quanto
técnicos de Controle de Controle de Pragas poderão estar unidos e cada um dar a sua
contribuição valiosa para o enriquecimento do moderno CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS.
Com
algumas medidas simples, seguindo os conceitos do CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS (CIP) ou
(IPM) INTERGRANTED PEST MANAGEMENT nós podemos controlar situações domésticas que nos
afligem sem a necessidade de aspergir inseticida pela casa toda. Um exemplo típico disso
é o controle da famosa "Formiga de Açúcar" que, além de atacar o açúcar .,
ataca também outro tipo de alimento. É muito comum ouvirmos queixas do tipo - "Todo
e qualquer tipo de alimento que eu deixo sobre a pia atraí um grande quantidade de
formigas, que vem não se sabe de onde!"
O problema tem uma solução caseira, que vai utilizar,
se necessário, uma quantidade muito pequena de inseticida caseiro. O mais importante é
que seguindo os passos abaixo vocês vão encontrar uma solução definitiva, e não
temporária, ao problema.
Passo Nº 01
O primeiro passo é observar o trajeto feito pelas
formigas, qual o alimento preferido é de onde eles costumam sair. É só colocar um pouco
deste alimento sobre a pia e observar. Em geral estas espécies de formigas vivem
aninhadas dentro das fissuras nas paredes , entre azulejos, entre armários e paredes, e
quaisquer outros lugares seguros e próximos de comida.
Passo Nº 02
As formigas andam sempre em trilhas simétricas. Isto
ocorre porque elas seguem uma trilha de feromônios liberada pelos líderes da colônia.
Há casos em que você vai observar diversas trilhas seguindo em diversas direções.
Faça um pequeno traço na parede para mapear as danadinhas.
Passo Nº 03
Encha uma vasilha com água e sabão e com uma esponja
embebida nesta mistura remova as formigas. Vá repetindo o processo até não saírem
novas formigas.
Passo Nº 04
Pegue um Aerossol doméstico, de preferência cuja
formulação contenha um piretróide (Tetramicina, Resmetrina, Permetrina, Aletrina,
Bioaletrina e outros) e aplique dentro das cavidades que você já asssinalou, por onde
saíam as formigas. Aplique uma boa quantidade , com cuidado, somente dentro das
cavidades. Você pode também também utilizar uma seringa descartável para este
tratamento, usando ao invés de Aerossol, inseticida em lata. Repita esta operação mais
vez se ainda restarem algumas formigas teimosas.